Tuesday, March 5, 2013

Moralizar é preciso

Já saturado de tantas notícias de corrupção, em todos os níveis do estado brasileiro, não me contive de ficar protestando apenas nas redes sociais. Resolvi criar um blog, aonde posso expressar meu descontentamento com a baderna em que se encontra nosso país. Quero começar divagando sôbre um dito de Martin Luther king "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." O povo brasileiro é muito passivo, parece que não tem sangue nas veias, tudo está bom. Infelizmente somos um povo conformado. Os políticos cagam em nossa cara, dão gargalhadas nos bastidores, nos roubam, fazem o que querem e ninguém protesta, salvo alguns corajosos que escrevem, alguns poucos que saem na rua para protestar em eventos organizados nas redes sociais, alguns que esbravejam, até esboçam alguma reação, mas que nunca dá em nada, porque os bons não estão nem aí. Estamos conformados em pagar altos impostos e receber migalhas em troca, altos juros, altas multas, etc... Vejam como está a infra-estrutura brasileira, está um caos. As estradas que não são pedageadas, estão cheias de burados; os aeroportos, os portos, os hospitais e a saúde como um todo, as ferrovias, a energia, a telefonia, a internet, a educação, a gestão do país, os políticos. E a segurança então? e a roubalheira? aí é que está o cancer que corroe este país. É por não aceitar esta situação que resolvi escrever este blog, para ver se concientizo algumas pessoas, para ver se deperto nelas o patriotismo, o amor pela pátria. Infelizmente a raiz da corrupção deste país vem desde o descobrimento. Corrupção no Brasil tem origem no período colonial, diz historiadora (matéria escrita pela jornalista Mariana Della Barba Da BBC Brasil em São Paulo). Link desta matéria: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121026_corrupcao_origens_mdb.shtml O motorista que oferece uma cerveja para o guarda não multá-lo. O fiscal que cobra uma "ajuda" do comerciante. O ministro que compra apoio político. A corrupção está enraizada em vários setores da sociedade brasileira. E nada disso é recente, segunda a historiadora Denise Moura, que diz que a prática chegou junto com as caravelas portuguesas. "Quando Portugal começou a colonização, a coroa não queria abrir mão do Brasil, mas também não estava disposta a viver aqui. Então, delegou a outras pessoas a função de ocupar a terra e de organizar as instituições aqui", afirma a historiadora. "Só que como convencer um fidalgo português a vir para cá sem lhe oferecer vantagens? A coroa então era permissiva, deixava que trabalhassem aqui sem vigilância. Se não, ninguém viria." Assim, a um oceano de distância da metrópole, criou-se um clima propício à corrupção, em que o poder e a pessoa se confundiam e eram vistos como uma coisa só, de acordo com Denise, que é professora de História do Brasil na Unesp. No entanto, a historiadora deixa claro que a corrupção não é uma exclusividade do Brasil, é só uma peculiaridade da formação dessa característica no país. "Temos enraizado uma tradição muito forte de poder relacionado ao indivíduo que o detém", avalia Denise. "E isso até hoje interfere na maneira como vemos os direitos e deveres desse tipo de funcionário." Propina "A coroa então era permissiva, deixava que trabalhassem aqui sem vigilância. Se não, ninguém viria" Denise Moura, historiadora No Brasil colônia, assim como hoje, a corrupção permeava diversos níveis do funcionalismo público, segundo a pesquisadora. Na época, atingia desde o governador, passando por ouvidores, tabeliães e oficiais de justiça, chegando até o funcionário mais baixo da Câmara, que era uma espécie de fiscal de assuntos cotidiano. A historiadora conta que documentos mostram esse funcionário protegendo ou favorecendo um vendedor mediante propina. Se a corrupção encontrou um terreno fértil nas instituições políticas do litoral, a situação era ainda mais grave na colonização de regiões como Minas Gerais, Goiás e o sul do país. Ainda mais longe dos olhos da coroa, esses locais só eram acessíveis após meses de caminhada - o que exigia ainda mais incentivos para os "fidalgos-desbravadores". "A coroa portuguesa estimulava pessoas e dizia: 'vão para o interior e podem mandar à vontade por lá', na tentativa de garantir a soberania do império com alguém morando no local", diz Denise. A escravidão, segundo a historiadora, também contribuiu para o desenvolvimento da corrupção no país. Isso porque era a única relação de trabalho existente, deixando o trabalho livre sem qualquer tipo de norma para regê-lo. Essa realidade criava um ambiente vulnerável, em que não era claro, por exemplo, os deveres de um guarda municipal - abrindo, de novo, possibilidade de suborno e outros tipos de corrupção.